O Vento toca meu rosto e mexe meu cabelo, como há muito ninguém o faz.
O calor que não troco faz tempo, o vento me rouba, cruel pois não troca, apenas rouba.
O vento noturno, é soturno como é meu coração, e como idealizo a dona dele.
Minha indecisão, meus medos e anseios, meu vazio, minhas carências e excessos, minhas vontades e desejos, tudo o mais o vento leva, com seu simples, macio, leve, fugaz, invisível, e inigualável toque.
Esvazio-me e transbordo, sinestesia total, antiga renovação, me traz a tona o que há muito escondi lá no fundo, há muito não me vejo assim, evoluí inversamente para trás buscando o esquecido e ressurgindo, nem novo nem velho, apenas evoluído!
O simples fato de ser noite, o simples fato de ventar me fez pensar... Que fardo é esse de ser pensante? Cuido pra nunca não agir sem pensar, mas me amaldiçôo a sempre pensar e não agir.
Ah o vento! É bom quando venta, não?
Sabe?
É bom quando anoitece, venta, e surgem estrelas e a Lua, me faz lembrar de você, que ainda não conheci mais já amo mais do que tudo, já que sou falho em amar tudo o mais que conheço.
Que o vento me leve, me trague, me engula e vomite.
Que seja por amor à minha causa, infelizmente, já perdida...
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Now playing: Guns N' Roses - [Appetite for Destruction #06] Paradise City [foobar2000 v0.9.6]
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